Pular para o conteúdo principal

Menino, me abraça

Ô, menino, vem pra cá e traz seu abraço, que aconchego melhor ainda vivo procurando. Vem cá e me deixa deitar, ser engolida pelo seu peito. Não vê com malícia meu carinho, é só que sinto saudade de caber todinha entre seus braços e seu coração. Aí depois você abre aquele sorriso e fala: pera, mais um pouco. E me abraça mais e o tempo fica gostoso de passar.

Mas a gente se fala como se fossemos desconhecidos. Sabe, eu quero te contar da minha vida. Eu quero ouvir das suas mil namoradas, quero te falar da primeira vez que eu me apaixonei, quero ver um filme com você só pra rir da sua gargalhada, quero jogar pipoca em você, essas coisas que quem se gosta faz. Mas às vezes o assunto acaba e eu não sei que piada fazer, porque antes era tão diferente. Antes fluía tão bem seu riso solto, seu carinho, sua atenção. Hoje a gente se esforça tanto pra isso acontecer que nem parece o quanto é real essa vontade que eu tenho de ter seu abraço de volta. Nem que fosse por aqueles eternos 10 segundos. É que ele faz parte de uma receita que me passaram, e eu to tentando seguir à risca, porque falaram de um resultado fantástico, acho que o nome era Felic... Felialgumacoisa.Talvez você seja um ingrediente dessa receita, moço, fica esperto.

Tenho saudade desse abraço querido.
Me liga logo dizendo que vem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Repouso da Alma

Quero que nos olhemos nos olhos e que sua alma tome banho na minha, como quem toma banho de cachoeira, mergulha e não tira a água do cabelo, mas deixa ela se escorrer pela pele com afeto. Quero sentir nossos suspiros brandos com a cabeça encostada no peito uma da outra quando o dia pesar nas pálpebras. Quero pintar nosso quarto de diferentes cores 36 vezes, e mudar os móveis de lugar outras 42. Quero podar nossas plantas e às vezes não, deixá-as crescer naturalmente, sem aperreio, com seus verdes e borboletas. Quero receber seu aconchego ao chegar à porta, com mochila nas costas e pés cansados, sorrindo amor. Quero me apaixonar por você dia sim outro também.

Auto Mar

A música dizia uma verdade doída de ouvir. Dessas que sangram os ouvidos, fazem doer os olhos, contraem involuntariamente seus músculos e trazem o mar à tona. Água salgada, que quebra nas pedras. Mas as pedras não se quebram nunca. Mar, me ensina? Me ensina a insistir. Quero entender essa imensidão dentro de mim. Esse breu. Será que em mim só tem vazio? Vazio e medo? Nunca senti tanto medo. Já me levaram pra nadar uma vez, me disseram "confia em mim" e segundos depois eu entrei em pânico. Eu estava sozinha no oceano, fingindo boiar pra não assustar os outros em volta. Nunca mais entrei no mar. Sabe meu medo? Dizer: "vem comigo, confia em mim" E te deixar lá, como eu, em alto mar, cercada de água salgada que nem mata a sede. De te deixar lá, como eu. E a água balançava com tanta força, e subia, e me tirava o ar, me empurrava, me batia, me ardia por dentro, me tirava o ar, me doía, me tirava o ar, sem ar Eu quero pra você a salvação que não me deram,

Vermelha com Bolinhas

Esperava a hora certa de fazer esse post. Afinal, o que dá nome ao blog é uma música, bem como Capitu. Também composta por mim, mas não devo tirar os créditos de Thaís Alencar, que também compôs a música;. A ideia surgiu quando levei uma joaninha para a Thaís. A pobre coitada não tinha bolinhas e era meio laranjada, o que fez com que a Thaís não acreditasse que o bicho era de fato uma joaninha. Foi aí que então eu disse a ela a frase que guia a música: "Nem toda joaninha é vermelha com bolinhas", na tentativa de convencê-la. Mas "isso dá uma música". Ela andava pela cidade Maquiagem, salto alto e rosa choque Armada com um cartão de créditos Pronta pra acabar com os estoques Luzes piscantes e coloridas Álcool, dança e suor Breve rotina de uma patricinha Que acredita que a vida é isso e só REFRÃO: Nem toda joaninha é vermelha com bolinhas. As aparências enganam, minha avó já dizia. Por mais que isso fosse normal, seus pais a condenariam. Bem ou mal q