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Mostrando postagens de julho, 2011

Pra ser completo.

Então é isso. Cala a boca, você não tem mais direito de sonhar. Bota o pé no chão, garota, ninguém acredita em você. Você vai apodrecer dona de uma padaria suja numa esquina da capital onde nasceu. Você vai ser como a gente: vai parar de querer mudar o mundo, isso é coisa da idade... Você tinha era que aprender a sonhar um sonho que coubesse na cabeça deles. Ela fica chorando as lágrimas ignoradas até por ela mesma. Foi um dos momentos mais sombrios de todos os 17 anos e meio que ela viveu. Um frase que fez ela querer, pela primeira vez, se conformar em ter sido nascida e criada no meio de conformados seres humanos decadentes de esperança. Veio de um lugar onde ninguém questiona porque o mendigo dorme onde o seu carro estaciona, ou porque o menino de onze anos corre com uma bolsa alheia na mão. Vem de um lugar morto, preto e branco, quadrado. Se você é menina seu cabelo tem que ser liso e abaixo do ombro. Se é menino tem que cortar o cabelo que nem de homem. Tem que ir à missa domi

crônicas de um ônibus em movimento (crônica dos hífens).

E a incrível capacidade das pessoas de se tornarem melhores-amigas-de-infância em 15 minutos de conversa. Subi as escadas e me escorei em um daqueles apoios de metal do transporte coletivo. Estava tudo escuro lá fora, tudo azul escuro, meio cinza-cor-de-cidade-grande. Acho que a minha cara mostrava o domínio que o tédio teve sobre mim durante aqueles 45 minutos de viagem, em pé. Mas fomos animados eu, minha mochila estampada, uma prima, outro primo e meu irmão voltando do cinema para um falso-churrasco. Eu e minha animação ignorando todo mundo. Todo mundo, menos a conversa do motorista com a senhora quase-simpática. E quer saber? Não ignore as conversas de ônibus. Todo mundo precisa ter um motivo pra rir. -- Você tem filhos? -- Três! -- Sério? Leva isso aqui pra eles... -- estendendo mão com algumas balinhas. -- qual a idade deles? -- Um tem um e meio, outra tem três e o outro tem oito. (...) -- Eu perdi meu neto de 18 anos num acidente de carro. (...) -- Meu primo se envolveu

"Ô Caroline*, eu preciso te dizer..."

Vejamos... cartas são tão clichês!... Flores?... Não. Romântico demais. Fotos... ela já vai ganhar. Uma abraço é pouco e eu já dei. Ok. Eu não queria, mas pra ela eu só tenho as palavras. Que sejam dignas, pois. Aniversários são chatos; mas, confesso, uma ótima desculpa pra ter um dia que é só seu. Na minha opinião, para pessoas especiais todos os dias deveriam ser mais do que um dia comum. Todos os dias deveriam ser dias de risada sem fim, dias comemorados, dias de: "Hoje o dia é meu!". Todos os dias deveriam ser de abraços e mais abraços e sinceros desejos de felicidade. Sinceros. E eu, sinceramente, acredito ter feito dos teus dias dias de aniversário. Aqueles dos sorrisos, dos desejos de felicidade, dos longos e significativos abraços. E o que te faz especial pra mim é inexplicável. Sabe aquela coisa clichê de destino? Aquilo de carma ou coisa assim? Aquelas coisas que todo mundo tenta explicar mas ninguém consegue. O que mexe com o seu rosto quando você vê aquela pess