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Mostrando postagens de junho, 2011

Frequência

Ela acorda a cada dia num compasso diferente. De vez em quando é um compasso simples, um quatro por quatro marcado, que só acompanha as seis cordas tão conhecidas. Esse é o dia que tudo tá tranqüilo, tudo tem o jeito Chico Buarque de falar. Tudo tem um “tudo bem” no final da frase. No dia seguinte ela aparece meio rock. Acorda com aquele fogo de querer fazer tudo agora, tudo, tudo. E pega pra fazer exercício de física, e ficar quieta não dá, e não tá com saco pra mimimi (...). Acorda quando o sol raia de novo com o pop romântico batido; a letra que te deixa vendo tudo de um jeito diferente. Enxerga flores brancas em todas as roupas e coraçõezinhos saindo das bocas alheias. Pra nas próximas vinte e quatro horas acordar um pouco Elvis, meio Marlyn. É o dia que todos os olhares são mais do que acasos, todos são profundos, todos são mal-intencionados; todos são de uma ambiguidade única, personalizada.  Pra levantar Cazuza no dia que segue. Revoltada com o mundo e cantando pra todo mundo o