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Mostrando postagens de fevereiro, 2011
Foi o seu jeito de olhar pra tudo e não prestar atenção em nada que me chamou a atenção. Aqueles brincos fluorescentes que contrastavam com o seu cabelo castanho escorrido, que caiu pelo ombro na primeira vez que você falou o meu nome, que saiu meio falho, gaguejado e assustado no medo de errar. Eu também reagi assim, gaguejado, falho e assustado por você ter falado o meu nome. Para provar o meu orgulho próprio, só um sorriso escondido no canto da boca. Queria saber onde eu moro. Quando eu falei ela não ficou surpresa... provavelmente já sabia, mas queria escutar a minha voz direcionada a ela. E essa foi a nossa primeira conversa. Pelo resto da tarde, trocamos poucas palavras ou sorrisos. Mas foram todos eles inteiramente nossos, atenciosos, carinhosos e claros. Saí de lá com cada um deles na cabeça. E assim acordei; com eles gravados como se fossem especialmente únicos, ou unicamente especiais. *** Já não sei mais como fingir um sorriso que não é meu pra você; e só tem dois dia

Sexta.

E lá ia ela com sua triste felicidade de sexta-feira à noite. Voltava ela pra casa correndo, com os saltos na mão direita enquanto com a esquerda tentava equilibrar na orelha o celular com um número discado; era o primeiro da agenda. Chamara Augusto e seu carro, que não a abandonaria no meio da R. Dom Quixote, no centro de uma metrópole qualquer, ao léu, sereno e garoa até, que ameaçava cair em minutos. Augusto chegara cinco minutos atrasado; atrás da garoa. A relaxava tanto que não fez questão de procurar uma marquise, um toldo, um ponto de ônibus, um teto. O que provocou que, antes de Augusto, três carros parassem em frente a ela pedindo pagar por hora de atenção, aos quais reagiu rude, com palavrões intermináveis e um gesto obsceno qualquer. Ao vê-la, o rosto reagiu com piedade, ódio, nojo, amor fraternal e todos os outros. Ela chorava disfarçadamente em baixo dos cabelos. Desceu do carro e foi  até ela, jurando pra si mesmo que na próxima sexta as coisas seriam diferentes.

Chá de Alface

É difícil ter insônia. Sempre tive vontade de escrever sobre isso. No final de 2009 eu escrevi uma música chamada Chá de Alface; que, pra quem gosta de interpretar, vai ser um prato e tanto. Mas qual o sentido do nome da música? Chá de Alface é um remédio natural pra dormir, segundo a minha avó (e a internet {: ). Bom, como segunda composição conhecida (a nível pessoal) e como sendo a primeira composição já com o nome Guardavento, essa música é realmente importante para mim/nós. Já foi dedicada em shows para a Raisa, granda amiga (e acredito que também fã) da banda, bem como para a Luisa (Rampa) e, com muito carinho, a todos que nos apoiaram desde o início. O resto é com vocês. Enjoy- Entrei no carro, as janelas embaçadas... Eu soluçava feito uma criança em birra, Deixei o frio do lado de fora; ninguém me ouvia. Joguei os meus sapatos, casaco encharcado. O chão frio esperava as gotas infinitas, Um banho quente e a cama me esperavam; preciso dormir. Em meus olhos vermelhos A