E lá ia ela com sua triste felicidade de sexta-feira à noite. Voltava ela pra casa correndo, com os saltos na mão direita enquanto com a esquerda tentava equilibrar na orelha o celular com um número discado; era o primeiro da agenda. Chamara Augusto e seu carro, que não a abandonaria no meio da R. Dom Quixote, no centro de uma metrópole qualquer, ao léu, sereno e garoa até, que ameaçava cair em minutos. Augusto chegara cinco minutos atrasado; atrás da garoa. A relaxava tanto que não fez questão de procurar uma marquise, um toldo, um ponto de ônibus, um teto. O que provocou que, antes de Augusto, três carros parassem em frente a ela pedindo pagar por hora de atenção, aos quais reagiu rude, com palavrões intermináveis e um gesto obsceno qualquer. Ao vê-la, o rosto reagiu com piedade, ódio, nojo, amor fraternal e todos os outros. Ela chorava disfarçadamente em baixo dos cabelos. Desceu do carro e foi até ela, jurando pra si mesmo que na próxima sexta as coisas seriam ...