Ela nem sabia por que todo mundo
chamava assim. Era uma palavra engraçada e curta: amor. Que com um sotaque
interiorano ficava ainda mais divertida de ouvir. Mas saber o que é? Também
não. Era coisa pra gente grande. Até que um dia nem quis mais descobrir. E não
quis mesmo.
Coração
de gelo. Amava com outros nomes, amava sem nome, amava desconhecendo, amava de
olhos fechados. Mas nunca era amor. Que amor de verdade ou tem final feliz ou
alguém morre - como em filme de drama. Nem nunca seria.
Até
o dia que conheceu alguém louco pra amar. E quis amar. E quiseram se amar. E
não podiam. Trairiam. Pra não trair, não se amaram. E viveram os dois sem nunca
saber o que é o tal amor.
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