Jaz aqui a minha poesia -- eu já há tanto tempo não nomeava assim os versos que escrevia. E hoje morrem todos eles: eles, as métricas, as metáforas e os sonetos, porque até a morte hoje é em efeito dominó.
Eu era poeta à moda antiga, que fazia da chuva cenário para o amor; hoje, me recuso a comparar meus versos aos dos poetas tecnológicos, que escrevem " As dez maneiras de se apaixonar: Edição especial para dias de chuva" -- e publicam em revistas!
À essa altura, meus caros, já não faço questão de rimar. Ninguém mais aceita o romantismo imaculado. Hoje, dominam a poesia os poetas de meias palavras, de "abrevietudes" e versos diretos: versos diretamente grosseiros e horrendos, que nem prezam as leis sociais da boa convivência.
Foi-se o tempo que amar era bom -- e junto com ele as gentilezas, os olhares, a educação, queridos! É... Porque hoje é um esforço enorme para dizer bom dia. Surpreendam-se então com o esforço que faziam: tirar o chapéu da cabeça, levá-lo ao peito e ainda curvar-se!
Teimo em contar a vocês o que me traz tais conclusões. Há pouco separei um tempo para "versificar" a vida (que, diga-se de passagem, já foi tema de poesia) e reparei que aos versos minha mente não mais pertencia. Era ela dos cadernos, das minhas notas, do meu futuro, das minhas hipocondrias... E entre todos eles, me lembro, a arte não se incluía.
Vejo que ainda insisto em rimar. Será que nem para escrever crônica não-romancista eu sirvo? Pois então ficarei eu aqui a rimar rimas infinitas até que se ache novo emprego de ser apenas um poeta aposentado.
Eu era poeta à moda antiga, que fazia da chuva cenário para o amor; hoje, me recuso a comparar meus versos aos dos poetas tecnológicos, que escrevem " As dez maneiras de se apaixonar: Edição especial para dias de chuva" -- e publicam em revistas!
À essa altura, meus caros, já não faço questão de rimar. Ninguém mais aceita o romantismo imaculado. Hoje, dominam a poesia os poetas de meias palavras, de "abrevietudes" e versos diretos: versos diretamente grosseiros e horrendos, que nem prezam as leis sociais da boa convivência.
Foi-se o tempo que amar era bom -- e junto com ele as gentilezas, os olhares, a educação, queridos! É... Porque hoje é um esforço enorme para dizer bom dia. Surpreendam-se então com o esforço que faziam: tirar o chapéu da cabeça, levá-lo ao peito e ainda curvar-se!
Teimo em contar a vocês o que me traz tais conclusões. Há pouco separei um tempo para "versificar" a vida (que, diga-se de passagem, já foi tema de poesia) e reparei que aos versos minha mente não mais pertencia. Era ela dos cadernos, das minhas notas, do meu futuro, das minhas hipocondrias... E entre todos eles, me lembro, a arte não se incluía.
Vejo que ainda insisto em rimar. Será que nem para escrever crônica não-romancista eu sirvo? Pois então ficarei eu aqui a rimar rimas infinitas até que se ache novo emprego de ser apenas um poeta aposentado.
Comentários
Postar um comentário