Eu queria me afogar.
Não, isso não é sobre morrer.
Eu queria poder ficar em baixo d'água, pensando em morrer.
Talvez até chegar lá, na morte, experimentando a escuridão do nada, a vida "sem dor nem lágrimas" por alguns segundos, e então voltar a viver. Inspirar os ares de alguém não mais morto, só pra viver esse paraíso chamado "não ser eu" por algum tempo, ainda que curto. Pelo prazer de ter uma segunda chance.
Eu gostaria de ficar submersa no meu maior medo, querendo ele me consumir e me fazer entender que ele é mais forte, e que ele pode e vai me controlar, que ele terá minha vida em seus braços, não me dando outra opção senão desistir. Eu queria viver algo concreto. Alguma coisa mais firme que eu. Algo que me sacuda. Algo que faça com que eu me pergunte porque, alguma fez na vida, eu tive que fazer escolhas, se todos nós vamos parar imersos na mesma força que fará os nossos corpos serem como dançarinos em um concerto, fazendo movimentos premeditados e repetitivos, indo de encontro às rochas sem sentir nenhuma dor, sem fazer nenhum barulho, sem gritar, e sem ar pra respirar, e sem fim para escolher, e simplesmente sem outro fim senão o meu corpo sendo banhado pelos raios do sol de um novo dia sobre outros bilhões que querem o mesmo que eu.
Não, isso não é sobre morrer.
Eu queria poder ficar em baixo d'água, pensando em morrer.
Talvez até chegar lá, na morte, experimentando a escuridão do nada, a vida "sem dor nem lágrimas" por alguns segundos, e então voltar a viver. Inspirar os ares de alguém não mais morto, só pra viver esse paraíso chamado "não ser eu" por algum tempo, ainda que curto. Pelo prazer de ter uma segunda chance.
Eu gostaria de ficar submersa no meu maior medo, querendo ele me consumir e me fazer entender que ele é mais forte, e que ele pode e vai me controlar, que ele terá minha vida em seus braços, não me dando outra opção senão desistir. Eu queria viver algo concreto. Alguma coisa mais firme que eu. Algo que me sacuda. Algo que faça com que eu me pergunte porque, alguma fez na vida, eu tive que fazer escolhas, se todos nós vamos parar imersos na mesma força que fará os nossos corpos serem como dançarinos em um concerto, fazendo movimentos premeditados e repetitivos, indo de encontro às rochas sem sentir nenhuma dor, sem fazer nenhum barulho, sem gritar, e sem ar pra respirar, e sem fim para escolher, e simplesmente sem outro fim senão o meu corpo sendo banhado pelos raios do sol de um novo dia sobre outros bilhões que querem o mesmo que eu.
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