Não abrace a lágrima com tanta força.
Uma hora ela vai sair, e é melhor que ela saia sem rancor contra os olhos que a abrigaram por tanto tempo.
Que ela saia livre, amando esses mesmos olhos
E contando pras próximas lágrimas que a liberdade existe,
E que o abraço dos olhos é o medo de perder.
Deixa ela ir embora, como quem ama e quer o bem.
Deixa sair e correr pelo rosto cansado, que lágrima é água salgada igual de mar:
Tem beleza (a de te tornar humano) e tem força (de criar torrente).
Não abrace a lágrima com tanta força.
Se deixe amar a ponto de libertar,
E ser amado a ponto de fazer querer voltar.
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