O terceiro dia de um mês bonito saiu por detrás das montanhas com uma cara pálida de quem não sabe amanhecer.
Acordou enxugando com as mangas do moletom a tristeza que escorria raivosamente pela cara amassada, pensando que agora passaria a tal dor desgraçada.
Mas ela o acompanhou discretamente por alguns diálogos, afazeres, por algumas horas até. Não sendo forte o bastante ela deixou que a dor a vencesse. Fechou a porta do quarto, sentou na cama e desabou a chorar, de soluços altos, de caretas feias de se chorar, de solidão, de nó, de susto, de saudade, de perda, de tristeza triste, mas tão triste, que lhe roubou a fome.
Pensou que mundo ogro seria sem amor. Quis que um bicho lhe mordesse e arrancasse logo o coração, numa dentada só, se isso acontecesse.
Não dava pra viver sem amor. Viveria sem teto, sem comida, sem lugar, sem ser, mas sem amor...
Ela não saberia.
O choro foi embora antes de um minuto, mas a fome não voltou não. A tristeza triste ainda tava lá, o nó, a solidão, a perda, a saudade. Mas que havia de fazer a moça-menina que só sabia era chorar? Que havia de fazer se só se tinha que esperar?
Doía, e ia doer mais. Ia doer por muito mais dias, tendo eles cara pálida ou não. Mas ou era a dor de saudade, de nó, de susto, de solidão, de tristeza triste, ou era a vontade constante de que um bicho arrancasse-lhe o coração numa dentada só. Ou era o choro de soluços e caretas ou era a vontade de não mais ser, porque sem amar... Ou era a falta esperançosa que coloca no cofrinho o dinheiro pra comprar o sonho, ou era a vontade permanente de não existir, porque sem amor...
Até o dia em que a tristeza triste irá embora e levará com ela o nó, a saudade, o susto, a solidão. Porque tristeza triste acaba, meu sonho não. Nem acaba meu amor.
Acordou enxugando com as mangas do moletom a tristeza que escorria raivosamente pela cara amassada, pensando que agora passaria a tal dor desgraçada.
Mas ela o acompanhou discretamente por alguns diálogos, afazeres, por algumas horas até. Não sendo forte o bastante ela deixou que a dor a vencesse. Fechou a porta do quarto, sentou na cama e desabou a chorar, de soluços altos, de caretas feias de se chorar, de solidão, de nó, de susto, de saudade, de perda, de tristeza triste, mas tão triste, que lhe roubou a fome.
Pensou que mundo ogro seria sem amor. Quis que um bicho lhe mordesse e arrancasse logo o coração, numa dentada só, se isso acontecesse.
Não dava pra viver sem amor. Viveria sem teto, sem comida, sem lugar, sem ser, mas sem amor...
Ela não saberia.
O choro foi embora antes de um minuto, mas a fome não voltou não. A tristeza triste ainda tava lá, o nó, a solidão, a perda, a saudade. Mas que havia de fazer a moça-menina que só sabia era chorar? Que havia de fazer se só se tinha que esperar?
Doía, e ia doer mais. Ia doer por muito mais dias, tendo eles cara pálida ou não. Mas ou era a dor de saudade, de nó, de susto, de solidão, de tristeza triste, ou era a vontade constante de que um bicho arrancasse-lhe o coração numa dentada só. Ou era o choro de soluços e caretas ou era a vontade de não mais ser, porque sem amar... Ou era a falta esperançosa que coloca no cofrinho o dinheiro pra comprar o sonho, ou era a vontade permanente de não existir, porque sem amor...
Até o dia em que a tristeza triste irá embora e levará com ela o nó, a saudade, o susto, a solidão. Porque tristeza triste acaba, meu sonho não. Nem acaba meu amor.
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