Ela suspirou um suspiro engasgado; e foi embora. Foi a última coisa que escutei dela. Desviei o olhar e deixei-a ir. Fechou a porta da frente e jogou a chave por debaixo da porta - pra provar que não havia a possibilidade de voltar. Agora todos estavam sozinhos... Como o destino previa.
Vi o livro em cima da cama. Corri pra levar a ela, mas ela já tinha ido. Deixou a chave e gotas no piso do apartamento. Salgadas e, pra mim, amargas. O livro ficou agora no sofá, com o meu casaco jogado do lado, que ainda tinha o cheiro dela.
Eu não quis mostrar compreensão ou o mínimo de afetividade. Ela tinha que ir. Tinha que crescer. E me deixar crescer. Ela passou pela porta e eu não olhei. Não queria guardar aquela imagem. Ia ficar atormentando o sono, me incomodando os livros, me atordoando as palavras.
Pra o tédio não me consumir, saí. Tinha fumaça, flash's verdes, roxos, azuis... Tinham mulheres, tinha um copo. E agora tinha o desenho do meu teto. Tinha alguém do meu lado. Os lençóis. Minha cortinha, um borrão de consciência. Olho pro lado, um palavrão. Não era ela. Nunca mais ia ser.
Preciso trocar as cortinas.
Vi o livro em cima da cama. Corri pra levar a ela, mas ela já tinha ido. Deixou a chave e gotas no piso do apartamento. Salgadas e, pra mim, amargas. O livro ficou agora no sofá, com o meu casaco jogado do lado, que ainda tinha o cheiro dela.
Eu não quis mostrar compreensão ou o mínimo de afetividade. Ela tinha que ir. Tinha que crescer. E me deixar crescer. Ela passou pela porta e eu não olhei. Não queria guardar aquela imagem. Ia ficar atormentando o sono, me incomodando os livros, me atordoando as palavras.
Pra o tédio não me consumir, saí. Tinha fumaça, flash's verdes, roxos, azuis... Tinham mulheres, tinha um copo. E agora tinha o desenho do meu teto. Tinha alguém do meu lado. Os lençóis. Minha cortinha, um borrão de consciência. Olho pro lado, um palavrão. Não era ela. Nunca mais ia ser.
Preciso trocar as cortinas.
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