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Poema Vertical - Forró de Perder

Só de pensar no meu amor
nos braços de outro forró
nas rimas de outra canção...

Eu sou de quem sou
Eu sou de quem
Seu
Mas o meu amor
não é tão só meu
Não tá mais tão meu
não é mais pra eu
Nem posso pedir
Não mais "por favor".

Só de pensar no meu amor
o meu bem querer
em outro sabor
em outro calor
por entre outras mãos
cheirando outro alguém...

Parece que sei
que sabe
que sou
de um jeito tão tua
que a mãe praguejou,
que o galo cantou
A ficha caiu.
O céu desabou,
me fugiu o chão,
caí em fadiga,
me faltou a voz
Parece que

Desce

Que foi

Que padece

Carece de tempo

Se mexe que é dor.

Parece que chuva
Imita um trovão

Deságua a menina

Enfim aceitou.

Se acalma menina
pare de chover
aceita essa ideia
louca de não ter.
Eu sei que é difícil
mas logo esse leite
que derrama

vai ser tudo em vão
Que logo o amor
vai achar outro peito
e deitar bem direito
e se esquecer de tu

Acorda menina
sacode essa água
esconde a tristeza
que vem aí teu amor

Cadê meu amor?
Cadê, amor?
Cadê?

Meu?

Nada.

Passou. Perdi.

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