A lua dá na minha janela. Isso já tem toda a poesia que eu poderia escrever em dezenas de linhas sem falar coisa alguma. Ela, clara, olha em volta e tudo o que ela vê é breu. Menina lua, me olha pra ver: Meus olhos brilham, Te devolvem a paz que me dás. Não são claros como os teus, Nem são de iluminar caminho, Mas eles nos teus Me tiram o ar Me tiram do ar Me tiram, doar Me doo, me tiro de mim. Essa lua na janela, lua menina Tem escrita em escuro Meu amor por ela Luna, clara. Lua, Clara, Luna, menina Minha noite negra só tem não ter. Clara luna, me ilumina Rogo com fé de quem já viu a paz Já tocou na paz Já beijou a paz Já deitou e rolou dentro do abraço Do espaço Pequeno entre o infinito e o agora De quem já conheceu o fim do cansaço De tanta água salgada em cachoeira De tanto amor apertado De tanto vazio entre o peito e o braço. Lua de iluminar mundo Vem trazer clareza ao meu. Vem me devolver o abraço Da paz Do fim do cansaço O beijo O infin...