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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Orgulho (?)

Sim, sou orgulhosa demais pra dizer o que você acha que é verdade. E que realmente deve ser mesmo. É tenho sido tão ignorante que ando não acreditando em nada que eu mesma não tenha concluído; e ando duvidando até disso também. Aliás, tem tanto tempo que ignoro tudo e todos que tenho passado a ignorar a mim mesma. Depois que admiti uma (provável (ou não)) verdade, tenho observado o quanto é imbecil sentir seja lá o que for por você. E pior que isso, ter acreditado que sinto. Por que sou sim ignorante o suficiente pra não sentir. Aliás, sou ignorante a ponto de pensar que eu não sinto. É isso. Falando nisso, com sua licença, vou ignorar o resto dos meus pensamentos e parar de digitar bobagem. Eu amo você. Orgulhosa de mais pra te dizer que sim, humilde demais pra acreditar que você pode entender. E vou parar de escrever sobre isso - você definitivamente me faz mal.
Eu sempre pensei que quando eu não soubesse como chamar aquilo que eu sentia, eu poderia automaticamente chamar de amor; porque se ninguém até hoje nunca soube descrever, então eu nunca conseguiria identificar. Mas isso mudou de uns tempos pra cá, quando precisei tirar essa teoria do papel. Não vai mudar nada na sua vida se eu vier aqui e ficar escrevendo o texto da última novela de Gilberto Braga (nem da primeira, já que seria tudo a mesma coisa) . Porque pra mim é clichê. Tentar descrever o amor é clichê. Não conseguir descrever o amor é clichê. Escrever sobre não conseguir descrever o amor é clichê. Aliás, relacionado ao amor, a única coisa que não é clichê é ele mesmo. Ou ele até é, só que pra gente sempre parece novidade. Porque o amor, na verdade, não é nada. O amor é o seu botão interno de auto-destruição. Ele é a falta de sentimento, é o tédio, é a cabeça vazia. Ele é um bug. Tudo o que você não quer pra si, pode chamar de amor também. No final vai tudo pro mesmo lugar do seu

a verdade .

Devo avisar que o texto abaixo contêm termos inadequados para menores de 14 anos, ou os de qualquer idade que possuem pudor ou algum resto de puritanismo. (...) E sim, o mundo é um cabaré, um puteiro de verdades! Cada uma delas vem com seu salto 15 e meia arrastão, tentando te convencer a gastar seu resto de dignidade quando for pra cama com uma delas. E por incrível que pareça, a que te conquista já teve 178 nomes diferentes, um pra cada caso, um pra cada meia, um pra cada cafetão, um pra cada fio de cabelo deixado numa camisa qualquer que no dia seguinte a esposa achou. A que já foi comida por teu avô, por teu pai e até pelo seu melhor amigo, que te indicou porque essa é boa . A verdade que você pegou tem gosto do álcool bebido 4 horas antes de você chegar; tem gosto do que não te deixa pensar em outra coisa, ou comer outra delas. Aquela verdade agora é sua e qualquer outro que chegar perto de tomá-la pra si vira ameaça. E vira alvo, vira implicância, vira comida, vira-lata. Vo